quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Sobre os recursos (in)utilizados pela política.

Sobre o texto http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u683533.shtml .
A politica sempre nos surpreende. A nova onda agora é utilizar das redes sociais para que tenhamos com esses senhores um contato mais direto, aberto e sincero talvez... Bem, pois não é bem assim que acontece.
Acredito que como eu, qualquer pessoa que participa de redes sociais sabe que a comunicação via twitter (nesse caso) é justamente feita para uma troca de informações de forma instantânea, onde você dialoga com outras pessoas que la estão. O que tentaram fazer no Brasil, foi o mesmo que fez (só que de forma correta) a campanha do Obama. 


A diferença é que  por aqui não convenceu o suficiente para repercutir da mesma maneira. 
Pois bem, primeiro de tudo: acho um pouco sem fundamento essa ferramenta ser usada por alguém que não seja você, o que muitos políticos fazem. Se o acessor é responsável pelas informações la expostas, talvez seu twitter devesse ser chamado de @acessordefulano, nao @fulanodetal. 
Segundo; utilizar uma rede social como autopropaganda não soa verdadeiro. Não é de forma espontânea... Não funciona. A distância continua a mesma, e nada é resolvido.
Talvez, de forma mais organizada, se os políticos criassem um espaço destinado apenas para eles, onde colocassem suas propostas (que deveriam conter mais de 140 caracteres), videos, opinioes pessoais, agenda e tudo mais o que for necessário, onde também houvesse um espaço de comunicação rápida com os que realmente estão interessados em política, porque, querendo ou não, o twitter por ser algo bastante informal e utilizado por muitos nichos, acaba banalizando o assunto, tornando-se algo até ridicularizado, não utilizando de modo certo a ferramenta (ainda que não haja uma maneira "correta" de ser usada), opondo o que era pretendido no começo, cativar mais publico e mais votos para eleição desse ano, da menira que conseguirem.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Por um espaço para a liberdade de expressão.


Vilém Flusser, em “A urgência de uma filosofia da fotografia” afirma que estamos pensando como os computadores pois temos como “modelo” a fotografia, que é produzida para passar informações aos receptores, que por apenas receber a informação já processada se torna inativo, incapaz de produzir,  pois tudo que ele precisa fazer é buscar em seu repertório pessoal o que o símbolo daquela imagem representa como conceito da informação que está sendo passada, ja que sempre se supôs (como cita Flusser no texto) que instrumentos criados por nós, mais tarde se tornam modelos de comportamento.  Como se o homem se alienasse ao instrumento e o usasse de modelo de mundo.
A fotografia, diferente da máquina, quando se torna modelo de pensamendo muda nossa maneira de pensar, porque ela não é apenas um objeto, ela simboliza todo um conceito de vida. Uma fotografia na publicidade, por exemplo, vende um estilo de vida, um de seus “segmentos” criados por nós; e para aqueles que o desejam obter, não há nenhum problema em mudar seu comportamento e até sua maneira de pensar para se adequar àquele padrão imposto naquela peça/fotografia, que é tão autônoma que consegue dizer o que quer por si própria, sem precisar de palavras para descrição.

Hoje em dia o “acaso” e o nonsense acabou tão banalizado que é dificil saber onde entra a liberdade do homem, ja que como liberdade relacionamos inovação de algum conceito, e tudo que é criado mesmo sendo por acaso e não fazendo sentido nenhum (o que há um tempo atrás poderíamos chamar de inovação) é uma repetição de algo que ja foi criado.
Levando em conta essa linha de raciocínio, essa liberdade que tanto buscamos acaba sendo encontrada apenas pelos fotógrafos, que podem criar um mundo simbólico para passar o conceito que querem, o que os remete a um “poder” de liberdade maior do que a qualquer um de nós. Mas para que isso seja possível, diferente do que muitos fotógrafos afirmam e onde entra a solução do problema de “liberdade” levantado por Flusser, isso só é dado se o fotógrafo remar contra o sistema, encontrar a brecha na caixa preta, podendo ele mesmo criar, não apenas apertar o botão e fotografar, o que quer que seja. Portanto, como todos os outros mortais, o fotógrafo quando anda junto ao sistema acaba caindo na mesmisse e incorporado pelo próprio. Não criam obras de arte apenas por capturar um momento com um aparelho feito para este fim.
Acredito que a criatividade, aquilo que se sobressai diante de nosso olhar, depende de encontrar dentro do instrumento e explorar aquilo que não foi feito para tal função, que não esta programado para funcionar dessa maneira. A criatividade na fotografia depende do fotógrado como ser humano, não da câmera, assim como na literatura, depende do autor, das artes plasticas do artista e do cinema do cineasta. Meu blog caminha mais ou menos para isso, um espaço onde eu tenha liberdade de expressar quanto a publicidade pode ser criativa para o lado bom, incentivando o receptor a ter que pensar mais naquilo que ele le e ter uma opiniao crítica sobre o todo. Seria muito bom um mundo em que todos participassem do “ciclo” de informação, não apenas publicitários, fotógrafos, jornalistas etc, com um grande potencial que não pode ser colocado em prática porque os receptores não estão à altura de compreender, por terem o repertório limitado ao entendimento de jornais televisivos e revistas de fofoca.