terça-feira, 16 de março de 2010

Sobre o texto "A imagem sensível", de Éric Eroi Messa.

[Link para o texto: http://breeze.faap.br/ntc04txt]

Nesse interessante texto sobre a hiperimagem, pude pensar um pouco mais sobre a mesma, e pensar sobre como ela é essencial para melhorarmos a produtividade e a boa utilização da internet.
A sensibilidade aqui é abordada como as 3 fases da contemplação de um signo (primeiridade, secundidade, terceiridade). Seria uma primeiridade, aquilo que te chama atenção de cara; que de primeiro momento você não consegue identificar, te obrigando a refletir sobre ele (o refletir ja não faz mais parte da primeiridade). É a qualidade sensível do signo, algo que nunca antes fora interpretado por você, te causando um estranhamento. Não há nenhuma qualidade pré-estabelecida por você em relação a ela.
A primeiridade talvez seja algo abstrato, enquanto a secundidade é algo "interpretável", digamos assim, e a terceiridade é a interpretação pessoal em relaçao ao signo.
Segundo Eric, a  primeiridade se sobressai, mesmo porque a primeira impressão em relaçao a qualquer coisa, aquele único e rápido instante é uma primeiridade.
E essa primeiridade é capaz de fazer o homem criar, o torna livre que, o que poderiamos relacionar à proposta da arte...Atingir essa sensibilidade inata do homem. Fazer com que ele pense, e assim chegue à algo racional, por conta própria; adquira um conhecimento concebido através de suas próprias conclusões, baseada no que mais o chama atenção, no que mais o atrai. Com isso teriamos receptores também emissores, muito mais interativos do que passivos como somos hoje.
"Uma imagem diz muito mais do que mil palavras", principalmente aquelas que fazem os seres humanos refletir um tanto para compreende-las; que tragam à quem as recebe uma experiência única, difícil de ser esquecida, e portanto, depois de compreendida, muito fácil de ser absorvida. E é esse o modelo que a hipermídia aos poucos vai alcançar. Criar hiperimagens, com imagens, sons e textos, uma experiência estética muito maior do que aquela mera experiência passada por um texto escrito (base culturalmente estabelecida de nosso conhecimento científico). A hiperimagem colocará o homem num eterno processo evolutivo, onde suas interpretações se tornarão outras hiperimagens, fruto do conhecimento e criatividade daquelas primeiras interpretadas.
Não são apenas imagens, ou apenas hiperimagens, elas podem ser talvez uma esperança para uma mudança muito boa que a internet pode nos propriciar, a melhor informação e interação das pessoas no meio digital. Uma linguagem que será só dela, não uma forma mais "moderna" de receber noticias adaptadas de meios ja existentes.

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